UFPB aprova criação de disciplina sobre uso medicinal da cannabis em três cursos.

O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPB aprovou de maneira unânime a criação da disciplina que trata do uso medicinal da cannabis para os alunos dos cursos de medicina, biomedicina e farmácia. De acordo com a professora doutora Katy Lísias Gondim Dias de Albuquerque, criadora da disciplina, a UFPB é a primeira universidade federal do Brasil a tratar o tema nos três cursos.
A criação da disciplina foi proposta pela professora, que faz parte do Departamento de Fisiologia e Patologia. O componente curricular estará vinculada ao projeto pedagógico do curso de biomedicina e vai ser ofertado pela primeira vez nos três cursos no período 2019.2 e posteriormente aos demais da graduação da UFPB.
Segundo a professora, a nova disciplina vai se chamar Sistema Endocanabinoide e Perspectivas Terapêuticas da Cannabis Sativa e seus Derivados.”O objetivo principal é introduzir conhecimentos sobre o Sistema Endocanabinoide e sua relação com diversas doenças, além de ampliar os estudos farmacológicos sobre os canabinoides (endógenos e exógenos), com ênfase nas manifestações clínicas, tratamento e possíveis interações medicamentosas”, comentou.
No entanto, ter uma disciplina especifica para estudar os efeitos terapêuticos da cannabis não e uma novidade no geral. O curso de medicina veterinárias da Universidade Federal de Santa Catarina tem uma disciplina de endocanabinologia ministrada pelo professor Erik Amazonas, de acordo com Kate Albuquerque.
O desejo da professora é de que essa iniciativa sirva de inspiração para outras universidades e que em um futuro muito próximo esse tema faça parte do currículo dos cursos da área de saúde de muitas instituições de forma semelhante ao que esta sendo feito pela UFPB.
“È muito importante que essa formação sobre as perspectivas terapêuticas da cannabis sativa aconteça dentro da graduação para que os profissionais de saúde saiam das universidades com menos preconceito e embasados na ciência aumentem seu arsenal terapêutico”, comenta Kate.
A professora da UFPB explica que atualmente muitas doenças graves não estão respondendo de forma satisfatória á terapia convencional e que muitas pesquisas científicas estão encontrando uma melhora bastante significativa com produtos á base de cannabis.
“É nosso dever, como professores e pesquisadores, mostrar aos futuros prescritores e demais profissionais da área da saúde que existe uma possibilidade terapêutica bastante viável a partir dessa planta no tratamento de diversas doenças”, avaliou a professora.

Fonte: G1 Globo

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